Saúde e consumo do feijão: Um alerta vermelho para a nutrição e identidade alimentar do Brasil
O hábito tradicional de consumir feijão diariamente está em declínio no Brasil, de acordo com um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Prevê-se que, até 2025, a maioria dos brasileiros deixará de consumir feijão de forma regular, evidenciando mudanças culturais, avanço de alimentos ultraprocessados e aumentos de preços. A pesquisa destaca as consequências para a saúde e a segurança alimentar da população, ressaltando a importância histórica, nutricional e social do feijão.
Importâncias e Relevâncias:
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Cultural e Histórica:
O feijão é um símbolo identitário da tradição culinária brasileira, com raízes históricas que remontam à miscigenação de heranças culinárias indígenas, europeias e africanas. -
Nutricional:
Rico em proteínas, minerais, vitaminas C e do complexo B, além de fibras solúveis e insolúveis, o feijão é crucial para uma dieta equilibrada, contribuindo para a saúde da população. -
Social e Segurança Alimentar:
Além de ser acessível, o feijão desempenha um papel importante na segurança alimentar e nutricional, sendo considerado um direito da população. -
Saúde Pública:
A não ingestão regular de feijão está associada a um aumento de 10% na chance de desenvolver excesso de peso e 20% na chance de obesidade, ressaltando a relevância do alimento para a saúde pública.
Consumo de Feijão no Brasil:
| Consumo Regular (5-7 dias/semana) | Consumo Irregular (1-4 dias/semana) |
|---|---|
| 2022 - 40% | 60% |
| 2025 - 25% (Projeção) | 75% (Projeção) |
O estudo revela que a redução do consumo de feijão no Brasil está ligada a mudanças culturais, avanço de ultraprocessados e aumento de preços. A diminuição do feijão no prato nacional tem implicações na saúde e segurança alimentar da população, exigindo ações como a revalorização do feijão, tributação de alimentos não saudáveis e incentivo à agricultura familiar. Preservar o papel do feijão na dieta brasileira é essencial para manter tradições, garantir a saúde da população e promover uma alimentação equilibrada.