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segunda-feira, 12 de maio de 2025 às 10:55 GMT+0

Guerra comercial em recuo? EUA e China reduzem tarifas em acordo histórico

Os Estados Unidos e a China, as duas maiores potências econômicas do mundo, anunciaram em 12 de maio de 2025 um importante acordo para a redução recíproca de tarifas comerciais. O anúncio, feito após intensas negociações em Genebra, marca um novo capítulo nas relações econômicas entre os países, que há anos vinham enfrentando tensões comerciais significativas.

Início das negociações e contexto do acordo

  • As negociações foram conduzidas durante o final de semana na Suíça por autoridades de alto escalão de ambos os países. O resultado foi um compromisso para suspender parcialmente as tarifas por um período inicial de 90 dias. Segundo o comunicado conjunto, os Estados Unidos reduzirão temporariamente suas tarifas gerais sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China fará o mesmo, reduzindo de 125% para 10% as tarifas sobre produtos americanos.

  • O acordo representa um recuo importante das chamadas tarifas “recíprocas” impostas durante a administração de Donald Trump, que afetaram significativamente setores industriais, agrícolas e tecnológicos dos dois países desde 2018.

Importâncias e relevâncias do acordo

  1. Alívio imediato para mercados e consumidores: A drástica redução tarifária deve impactar positivamente os preços de produtos importados, beneficiando diretamente consumidores e indústrias nos dois países.

  2. Estabilização das cadeias de suprimento globais: As tarifas elevadas haviam causado interrupções significativas no comércio internacional. A suspensão temporária abre espaço para retomada de fluxos comerciais em setores estratégicos como semicondutores, máquinas, eletrônicos e produtos agrícolas.

  3. Sinal de distensão diplomática: O acordo mostra disposição mútua de reaproximação, mesmo com disputas em outras áreas, como tecnologia e segurança.

  4. Criação de canal permanente de diálogo: Foi estabelecido um mecanismo formal de continuidade das discussões econômicas, liderado pelo vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer. Esse canal poderá evitar futuras escaladas e criar uma base para acordos comerciais de longo prazo.

  5. Impactos no mercado internacional: A expectativa de redução nas tensões comerciais deve influenciar positivamente bolsas de valores, moedas e investimentos, com efeito dominó também em economias emergentes como o Brasil.

O que permanece inalterado

  • Apesar do avanço, algumas tarifas específicas continuam em vigor, como as taxas de 20% impostas por Donald Trump sobre produtos relacionados ao fentanil, que seguem válidas. Isso indica que o acordo, embora abrangente, ainda tem limitações estratégicas.

O recente anúncio de redução tarifária entre EUA e China, com impacto imediato e potencial duradouro na economia global, sinaliza uma importante distensão entre as duas maiores potências econômicas, reforçando o papel da diplomacia econômica; contudo, a natureza temporária do acordo exige um compromisso contínuo com o diálogo para alcançar soluções permanentes e indicar se este é um breve alívio ou o prelúdio de uma nova era de cooperação estratégica.

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