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terça-feira, 19 de novembro de 2024 às 18:56 GMT+0

"Kids Pretos": Militares de elite presos por planejar assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes

No dia 19 de novembro de 2024, a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de quatro militares pertencentes às Forças Especiais do Exército Brasileiro, conhecidos como "kids pretos". Eles são acusados de integrar uma organização criminosa que, em dezembro de 2022, planejou o assassinato de três figuras políticas de destaque no Brasil: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A investigação revelou detalhes alarmantes sobre o plano e o envolvimento de uma unidade militar considerada a elite das Forças Armadas.

Quem são os "Kids Pretos"?

Os "kids pretos" são militares altamente treinados, formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Eles representam o mais alto nível de preparo dentro das Forças Especiais, sendo capacitados para atuar em situações extremas, tanto em tempos de paz quanto em cenários de crise ou guerra.

O apelido "kids pretos" deriva do gorro preto que utilizam em missões. Essas tropas de elite são especializadas em:

  • Guerra não convencional, utilizando táticas alternativas para alcançar objetivos políticos e militares.
  • Reconhecimento especial, conduzindo operações de inteligência e vigilância em ambientes hostis.
  • Combate a forças irregulares, enfrentando grupos insurgentes e paramilitares.
  • Contraterrorismo, lidando com ameaças extremas à segurança nacional.

Treinamento de elite

Os "kids pretos" passam por um treinamento rigoroso que dura aproximadamente 23 semanas (cinco meses). O curso é inspirado no programa norte-americano "Ranger" e inclui ensinamentos voltados para operações especiais e guerras irregulares.

O treinamento ocorre em três centros de excelência:

  • O Comando de Operações Especiais, localizado em Goiânia, Goiás, onde são formados especialistas para missões sigilosas.

  • O Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói, Rio de Janeiro, onde aprendem táticas específicas de combate irregular.

  • A 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, Amazonas, que prepara os militares para missões em ambientes amazônicos.

  • O programa enfatiza o uso de táticas não convencionais, buscando atingir objetivos políticos, econômicos ou sociais que, de outra forma, seriam inacessíveis por meios tradicionais.

A conspiração: Contexto e impactos

O plano descoberto pela PF evidencia um uso distorcido e perigoso da formação de elite. O suposto envolvimento desses militares em um esquema para assassinar líderes políticos eleitos democraticamente representa uma ameaça sem precedentes à democracia brasileira.

1. Gravidade do Plano

  • Planejar o assassinato de um presidente, um vice-presidente e um ministro do STF vai além de um simples crime; é uma tentativa de subverter a ordem constitucional.

2. Militarização de Atentados

  • A participação de uma unidade militar de elite no planejamento de ações criminosas expõe vulnerabilidades no controle interno das Forças Armadas e no uso de seus recursos.

3. Impactos Políticos

  • A descoberta desse plano gera ainda mais tensões entre as Forças Armadas e o governo atual, além de intensificar debates sobre o papel das Forças Especiais em um regime democrático.

4. Risco Institucional

  • O caso alerta para a possibilidade de infiltração ideológica em unidades militares de elite, o que pode comprometer a segurança nacional e a confiança da população nas instituições.

A prisão dos "kids pretos" não é apenas um caso policial; trata-se de um evento que coloca em xeque a relação entre forças de elite, segurança nacional e política. Este episódio destaca a importância de um controle mais rigoroso sobre os recursos e treinamentos militares, além de uma investigação profunda sobre como essas unidades foram envolvidas em um plano tão grave.

Ações como essa não apenas ameaçam a democracia, mas também deixam clara a necessidade de fortalecer os mecanismos de fiscalização sobre as Forças Armadas, garantindo que elas permaneçam alinhadas com os princípios constitucionais e democráticos.

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