Dólar cai e Ibovespa sobe: Como os dados de emprego dos EUA(Payroll) e as tarifas de Trump impactam o Mercado hoje? (06/06)

Nesta sexta-feira, 6 de junho de 2025, o mercado financeiro apresentou movimentos cautelosos, com o dólar oscilando levemente frente ao real e o Ibovespa registrando alta. Os investidores estão atentos ao relatório de emprego dos Estados Unidos (Payroll) e aos desdobramentos das políticas comerciais do presidente Donald Trump, que podem impactar a economia global.
O dólar e a expectativa do Payroll norte-americano
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Dados do emprego: O relatório de maio mostrou a criação de 139 mil vagas, acima da projeção de 130 mil, mas abaixo das 147 mil de abril. Esse resultado misto manteve os investidores em alerta, sem apostas decisivas.
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Impacto das tarifas de Trump: Desde o anúncio das tarifas em 2 de abril, analistas temem que os EUA sejam os mais prejudicados, com risco de recessão. No 1º trimestre, o PIB do país já havia encolhido 0,2%.
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Pressão sobre o Fed: O mercado precifica dois cortes de juros pelo Federal Reserve em 2025, com o primeiro em setembro, o que enfraquece o dólar.
Comportamento do dólar e do Ibovespa
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Dólar à vista: Às 10h33, subia 0,02%, cotado a
R$ 5,5894
, acumulando queda de 2,3% na semana. A baixa volatilidade reflete a cautela dos investidores. -
Ibovespa: O índice brasileiro avançava 0,41%, para 136.788,58 pontos, beneficiado pelo cenário externo menos pessimista e pela busca por ativos de risco.
Cenário internacional e incertezas
- Dólar global: O índice dólar (que mede a moeda frente a outras divisas) subia 0,44%, para 99,111, recuperando parte das perdas da semana.
- Negociações comerciais: O mercado aguarda novidades sobre as tratativas entre EUA e parceiros comerciais, que definirão o futuro das tarifas.
Cenário doméstico no Brasil
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Debate sobre o IOF: O governo enfrenta resistência no Congresso após o decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras. O ministro Fernando Haddad se reunirá com líderes partidários no domingo para negociar alternativas.
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Preocupações fiscais: Há temores de que a queda na aprovação do presidente Lula leve a medidas populistas, aumentando gastos e pressionando a dívida pública.
O mercado financeiro vive um momento de expectativa, com os investidores equilibrando-se entre dados econômicos contraditórios dos EUA e tensões políticas domésticas. Enquanto o dólar mostra fragilidade diante da possibilidade de cortes de juros, o Ibovespa se beneficia do fluxo para ativos emergentes. No Brasil, a atenção se volta para as negociações sobre o IOF e os rumos da política fiscal, que podem definir a confiança dos investidores nas próximas semanas.