12 filmes imperdíveis de Cannes 2025: Críticas, vencedores e obras que você precisa ver (BBC culture)

O Festival de Cinema de Cannes 2025 consagrou obras audaciosas e emocionantes, premiando desde dramas intimistas até thrillers políticos. Com destaque para produções internacionais e estreias de diretores renomados, a seleção da BBC Culture apresenta 12 filmes imperdíveis, cada um com sua singularidade e relevância cultural. A seguir, uma análise detalhada dessas produções, suas importâncias e impactos.
1. Die, My Love
- Direção: Lynne Ramsay
- Elenco: Jennifer Lawrence, Robert Pattinson, Sissy Spacek
- Aborda a complexidade de relacionamentos pós-maternidade, indo além do clichê da depressão pós-parto.
- Jennifer Lawrence recebeu aclamação por sua atuação "texturizada e ardente" (Time).
- Debate sobre expectativas sociais em torno da maternidade e crise criativa.
- Ramsay reforça seu estilo único, mesclando humor negro e tragédia pessoal.
2. Sound of Falling
- Direção: Mascha Schilinski
- Epopeia familiar que atravessa quatro gerações, com narrativa não linear e visual deslumbrante.
- Comparado a um "romance cinematográfico" (Deadline), desafia estruturas tradicionais.
- Reflete sobre memória e trauma hereditário, com técnica audiovisual inovadora.
3. Pillion
- Elenco: Alexander Skarsgård, Harry Melling
- Explora relações BDSM com nuance, evitando estereótipos.
- Provoca discussões sobre poder, consentimento e abuso emocional.
- Cena do almoço com Lesley Sharp é destacada como "eletrizante" (The Hollywood Reporter).
4. Eddington
- Direção: Ari Aster
- Elenco: Joaquin Phoenix, Emma Stone
- Sátira política sobre a polarização nos EUA pós-2020.
- Um dos poucos filmes a abordar diretamente a pandemia e movimentos sociais recentes.
- Mistura humor ácido com crítica social, marcando nova fase de Aster.
5. O Agente Secreto
- Direção: Kleber Mendonça Filho
- Elenco: Wagner Moura
- Vencedor em Cannes (melhor ator e diretor), com potencial para indicação ao Oscar.
- Retrata a ditadura militar brasileira com um protagonista carismático e narrativa "romanesca" (The Guardian).
- Comparado a Ainda Estou Aqui, reforça o cinema político brasileiro no cenário global.
6. Sentimental Value
- Direção: Joaquin Trier
- Elenco: Renate Reinsve, Stellan Skarsgård
- Drama familiar sobre arte e reconciliação, com atuações "cheias de ternura" (Screen International).
- Continua a tradição de Trier em explorar relações humanas com profundidade.
7. Sirat
- Direção: Oliver Laxe
- Mistura rave no deserto, estrada e elementos apocalípticos.
- Descrito como "Mad Max meets Samuel Beckett" (Variety).
- Sonoplastia e fotografia inovadoras, destacando paisagens do norte da África.
8. The Chronology of Water
- Direção: Kristen Stewart
- Elenco: Imogen Poots, Thora Birch
- Estreia de Stewart como diretora, adaptando memórias de Lidia Yuknavitch.
- Abuso, luto e arte são tratados com linguagem visual fragmentada, "radical e honesta" (Rolling Stone).
9. Urchin
- Direção: Harris Dickinson
- Retrato cru de um viciado em drogas de classe média.
- Dickinson é elogiado por sua direção "ponderada e distinta" (The Hollywood Reporter).
10. My Father's Shadow
- Direção: Akinola Davies Jr.
- Primeiro filme nigeriano na seleção oficial de Cannes.
- Memória afetiva e contexto político da Nigéria nos anos 1990, com "melancolia vibrante" (The Telegraph).
11. Nouvelle Vague
- Direção: Richard Linklater
- Homenagem a Godard e à Nouvelle Vague francesa.
- Reconstrução meticulosa do set de Acossado, com elenco perfeito (The Wrap).
12. It Was Just an Accident
- Direção: Jafar Panahi
- Palma de Ouro para Panahi, símbolo de resistência ao regime iraniano.
- Thriller que mistura vingança e humor, denunciando tortura estatal.
O Festival de Cannes 2025 destacou filmes que transcendem o entretenimento, abordando temas como opressão política, relações humanas e inovação estética. Desde o Brasil (O Agente Secreto) até o Irã (It Was Just an Accident), as produções premiadas reforçam o poder do cinema como ferramenta de reflexão e resistência. Cada obra, com sua singularidade, merece atenção não apenas pela qualidade técnica, mas pela capacidade de ecoar questões universais. Para cinéfilos e estudiosos, esta lista é um convite a explorar narrativas que desafiam, emocionam e permanecem na memória.