Apostadores geram 40% dos ataques a Tenistas: Relatório da WTA revela abusos nas redes e impacto das apostas no Tênis feminino

O tênis feminino enfrenta uma crise crescente de abusos online, impulsionada em grande parte pelo mercado de apostas esportivas. Um relatório inédito da WTA (Associação das Tenistas Profissionais) e da ITF (Federação Internacional de Tênis), divulgado em 2024, revela dados alarmantes sobre a violência digital sofrida por jogadoras. Com base em análises de 1,6 milhão de postagens em redes sociais, o estudo expõe como a frustração de apostadores está diretamente ligada a ataques contra atletas, afetando sua saúde mental e segurança.
Principais achados do relatório:
- Volume de abusos: Foram identificadas 8 mil mensagens ofensivas, publicadas por 4.200 contas diferentes, direcionadas a 458 tenistas.
- Conexão com apostas: 40% dos ataques partiram de apostadores frustrados com resultados inesperados, evidenciando a influência negativa desse mercado.
- Perfis recorrentes: Um pequeno grupo de 97 contas foi responsável por 23% dos ataques, com um único usuário enviando 263 comentários nocivos.
- Ameaças graves: 56 mensagens diretas foram reportadas pelas atletas, sendo 77% vinculadas a perdas financeiras em apostas.
Impacto nas jogadoras:
- Katie Boulter, tenista britânica, relatou ameaças de morte contra ela e sua família, incluindo mensagens como "Espero que você tenha câncer".
- Jéssica Pegula, número 3 do mundo e membro do Conselho da WTA, destacou a necessidade de açõesmais firmes contra os abusos, enfatizando que a proteção das atletas é prioritária.
Medidas tomadas pelas organizações:
- Encaminhamento a autoridades: Quinze casos graves foram repassados ao FBI e outras polícias.
- Banimento em torneios: Dados dos agressores foram compartilhados com as equipes de segurança para impedir sua entrada em eventos.
- Cobrança por responsabilidade: A WTA e a ITF pressionam redes sociais e plataformas de apostas para combaterem o problema na origem.
Relevância e importância do tema:
- Saúde mental das atletas: Os abusos geram ansiedade, medo e desgaste emocional, impactando o desempenho esportivo.
- Segurança física: Ameaças diretas exigem intervenção legal para proteger não só as jogadoras, mas também suas famílias.
- Ética no esporte: A relação entre apostas e violência online desafia a integridade do tênis e exige regulamentação mais rígida.
- Responsabilidade das plataformas: Redes sociais e casas de apostas precisam agir para coibir discursos de ódio e proteger usuários.
O relatório da WTA e da ITF expõe uma realidade preocupante: o tênis feminino está sob ataque não apenas nas quadras, mas também no ambiente digital. A ligação entre apostas e abusos online demanda ações urgentes, desde punições legais até a colaboração de empresas de tecnologia e apostas. Enquanto atletas como Boulter e Pegula bravamente denunciam esses crimes, a sociedade precisa reconhecer a gravidade do problema e unir forças para garantir um esporte mais seguro e respeitoso. A proteção das tenistas é um passo essencial para preservar a essência do jogo e inspirar futuras gerações.