Ataque sem precedentes: Israel elimina líderes do Irã e ameaça programa nuclear – O que vem agora?

Na madrugada de sexta-feira, 13 de junho de 2025 (noite de quinta-feira, 12 de junho, no horário do Brasil), Israel lançou uma operação militar de grande escala contra alvos nucleares e militares no Irã, incluindo a morte de altos comandantes e cientistas. O ataque, descrito por Tel Aviv como "preventivo", gerou imediatas ameaças de retaliação por parte do governo iraniano, elevando a tensão em uma região já marcada por conflitos. Este resumo explora os detalhes do episódio, suas causas, consequências e o impacto nas relações internacionais.
O ataque israelense: Principais alvos e justificativas
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Alvos estratégicos: Israel atingiu instalações nucleares, como a usina de enriquecimento de urânio em Natanz, e eliminou figuras-chave do regime iraniano, incluindo:
1.
Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), força vital para a segurança e influência regional do Irã.
2.
Fereydoon Abbasi, ex-chefe da agência nuclear iraniana, acusado por Israel de trabalhar no desenvolvimento de armas atômicas. -
Declarações israelenses: O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o ataque, batizado de "Leão Ascendente", visou impedir que o Irã produzisse uma bomba nuclear em "meses ou menos de um ano". Ele destacou que a operação continuaria "por quantos dias forem necessários".
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Reação imediata: O Ministério da Defesa de Israel alertou para possíveis ataques com mísseis e drones contra seu território, enquanto cidadãos em Jerusalém relataram sirenes de alerta.
A resposta do irã: Ameaças e contexto político
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Retórica de vingança: O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu que Israel enfrentaria um "destino amargo". Já o porta-voz das Forças Armadas iranianas, Abolfazl Shekarchi, advertiu que EUA e Israel pagariam um "preço alto".
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Impacto interno: A morte de Salami é um golpe significativo, dada sua influência política e militar. A IRGC não só protege o regime como controla setores econômicos e opera grupos aliados no Oriente Médio (como o Hezbollah).
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Suspensão de voos: O Aeroporto Internacional Imam Khomeini, em Teerã, teve operações interrompidas, e áreas residenciais da capital foram atingidas, segundo a mídia estatal.
O papel dos EUA: Divergências e preparativos
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Posição oficial: O secretário de Estado americano, Marco Rubio, classificou o ataque como uma decisão "unilateral" de Israel, distanciando-se da ação. O ex-presidente Donald Trump (ainda influente no Partido Republicano) criticou a medida, temendo que ela inviabilizasse as negociações nucleares com o Irã.
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Antecipação de retaliações: Autoridades dos EUA haviam evacuado pessoal não essencial de sua embaixada em Bagdá (Iraque), prevendo que o Irã poderia atingir bases americanas na região. Especialistas como Javed Ali alertaram para o risco de uma escalada que envolvesse Washington.
O programa nuclear iraniano: O cerne do conflito
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Acusações internacionais: A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) recentemente acusou o Irã de violar acordos de não proliferação, citando enriquecimento de urânio a 60% (próximo do nível necessário para armas) e falta de transparência sobre seu material nuclear.
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Justificativa iraniana: Teerã insiste que seu programa é pacífico, mas Israel e aliados ocidentais veem nele uma ameaça existencial. O ataque a Natanz reforça essa disputa, já que a instalação é central para o enriquecimento de urânio.
Riscos de uma escalada perigosa
O ataque israelense marca um ponto de inflexão no conflito entre os dois países, com potenciais desdobramentos:
- Cenário de guerra regional: Se o Irã retaliar diretamente contra Israel ou aliados dos EUA, a crise pode se expandir para o Líbano, Síria ou Iraque, onde grupos pró-Irã atuam.
- Impacto nas negociações nucleares: As conversas entre EUA e Irã, já frágeis, podem ser suspensas, dificultando a diplomacia.
- Incerteza global: Mercados de petróleo e rotas comerciais no Estreito de Hormuz podem ser afetados, com reflexos na economia mundial.
Enquanto civis em ambos os lados se preparam para o pior, a comunidade internacional acompanha com apreensão uma das crises mais graves das últimas décadas no Oriente Médio.