Nomofobia: Quando o vício em celular vira uma doença – Sinais e como tratar

No mundo atual, a tecnologia digital se tornou indispensável, mas seu uso excessivo pode desencadear dependência patológica, afetando a saúde mental. A professora Anna Lúcia Spear King, fundadora do Instituto Delete (UFRJ), explora esse tema, destacando os riscos e a importância do uso consciente. Este resumo detalha os principais aspectos do artigo, com base em fontes confiáveis, para uma compreensão clara e aprofundada.
O que é dependência digital e como ela funciona?
A dependência digital ativa o sistema de recompensa do cérebro, liberando neurotransmissores como dopamina e serotonina, que geram prazer e bem-estar. Esse mecanismo é semelhante ao de vícios químicos, como álcool e drogas, mesmo sem a ingestão de substâncias. O excesso de estímulos pode prejudicar a atenção, o sono, o equilíbrio emocional e aumentar a ansiedade.
- Mostra que a dependência digital é um problema neurológico e comportamental.
- Alerta para os riscos de um uso desregulado, que pode afetar milhões de pessoas.
Como diferenciar uso excessivo de dependência patológica?
Não basta medir o tempo de uso nas redes sociais para diagnosticar dependência. A avaliação deve ser feita por profissionais, considerando fatores como:
1.
Características individuais: Baixa autoestima, habilidades sociais limitadas e necessidade de validação podem levar ao vício.
2.
Transtornos emocionais pré-existentes: Depressão e ansiedade podem ser agravados pela comparação social nas redes.
- Destaca a necessidade de diagnóstico especializado, evitando conclusões precipitadas.
- Mostra que o impacto da tecnologia varia conforme o perfil psicológico de cada pessoa.
Por que os jovens são mais vulneráveis?
Adolescentes enfrentam inseguranças típicas da idade, e as redes sociais amplificam pressões sociais, como bullying e comparações. A necessidade de validação online pode gerar angústia, ansiedade e até comportamentos radicais.
- Explica a urgência de orientar jovens sobre uso consciente.
- Mostra como a exposição precoce à tecnologia pode afetar o desenvolvimento neurológico.
O papel da educação digital e dos limites
O uso excessivo muitas vezes resulta da falta de orientação, não necessariamente de dependência. É fundamental:
- Estabelecer regras claras para o uso de dispositivos.
- Monitorar o acesso de crianças e adolescentes.
- Buscar avaliação profissional se houver crises de ansiedade ao restringir o uso.
- Demonstra que a prevenção começa em casa e na escola.
- Enfatiza a necessidade de equilíbrio, sem demonizar a tecnologia.
O trabalho do Instituto Delete
Vinculado à UFRJ, o Instituto Delete oferece:
- Atendimento multidisciplinar (médico, psicológico, fisioterapêutico).
- Pesquisas e metodologias para identificar e tratar a dependência digital.
- Foco no uso consciente, não na exclusão tecnológica.
- Apresenta soluções baseadas em evidências científicas.
- Mostra que a tecnologia pode ser benéfica quando usada com moderação.
A dependência digital é um desafio global que exige atenção de famílias, educadores e políticas públicas. Seu impacto na saúde mental, especialmente entre jovens, demanda ações preventivas e tratamentos especializados. A educação digital é a chave para aproveitar os benefícios da tecnologia sem cair em seus excessos. Como afirma Anna Lúcia Spear King, não se trata de abolir as ferramentas digitais, mas de usá-las com consciência e equilíbrio.