Redes sociais e suicídio adolescente: O alerta global sobre saúde mental na era digital

Um relatório recente divulgado pela KidsRights, em parceria com a Universidade Erasmus de Roterdã, alerta para uma crise global de saúde mental entre crianças e adolescentes, agravada pelo uso excessivo das redes sociais. O estudo, publicado em 11 de junho de 2025, revela dados alarmantes e destaca a urgência de ações para proteger o bem-estar das novas gerações.
Os principais achados do estudo
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Prevalência de problemas mentais: Uma em cada sete crianças e adolescentes (entre 10 e 19 anos) enfrenta desafios relacionados à saúde mental, como ansiedade, depressão e ideação suicida.
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Impacto das redes sociais: O relatório aponta que plataformas digitais, ao priorizarem o engajamento em vez da segurança, exacerbam crises emocionais e expõem jovens a conteúdos prejudiciais.
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Taxa de suicídio entre adolescentes: Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, na faixa etária de 15 a 19 anos, há 6 suicídios para cada 100.000 jovens, com correlação direta ao uso desregulado da internet.
A declaração de especialistas
Marc Dullaert, fundador da KidsRights, descreve a situação como um "ponto crítico" e critica a falta de regulamentação eficaz:
"A revolução digital deve melhorar a vida das crianças, não colocá-las em risco".
Ele exige medidas concretas para frear os danos causados pela exposição excessiva às mídias sociais.
Contexto ampliado: Outros fatores relevantes
- Influência paterna: Estudos paralelos indicam que a saúde mental dos pais afeta diretamente o desenvolvimento emocional dos filhos.
- Hábitos modernos: Geração Z e millennials são os maiores consumidores de medicamentos para saúde mental, refletindo um cenário de pressões sociais e digitais.
- Impacto físico: O ganho de peso e o sedentarismo, comuns na era digital, também aceleram o envelhecimento cerebral e agravam transtornos psicológicos.
O relatório da KidsRights não apenas expõe uma realidade preocupante, mas também serve como um alerta para governos, plataformas digitais e famílias. É essencial equilibrar o uso da tecnologia com políticas de proteção à infância, promoção de relações saudáveis e acesso a apoio psicológico. Como destacado por Dullaert:
"O tempo das meias-medidas acabou". A proteção dos 2,2 bilhões de crianças no mundo depende de ações urgentes e coordenadas.