Conteúdo verificado
domingo, 3 de novembro de 2024 às 10:25 GMT+0

Dormir junto ou separado? Entenda o que dizem os estudos sobre sono compartilhado

O hábito de dormir junto com outras pessoas — seja com parceiros, familiares ou até mesmo com animais de estimação — é bastante comum em diversas culturas e carrega significados emocionais e sociais. Enquanto nas sociedades ocidentais dormir sozinho é amplamente aceito, em outras partes do mundo, dividir o leito é uma prática valorizada e vista como forma de conexão e proteção. Mas o que os estudos dizem sobre os efeitos de dormir junto, especialmente entre bebês, crianças e adultos?

Bebês e crianças pequenas: Segurança e conforto no sono compartilhado

  • Para muitos pais, dormir junto com os bebês é uma prática que proporciona segurança e conforto. Em várias culturas, como em partes da América do Sul, Ásia e África, de 60% a 100% dos bebês dormem com os pais, o que é visto como uma forma de proteger e manter a criança aquecida. Cientistas evolucionistas sugerem que, ao longo da história, dividir o sono com bebês ajudou a garantir sua sobrevivência em ambientes hostis.

  • No entanto, essa prática gera debates no Ocidente. Enquanto alguns especialistas acreditam que dormir sozinho ensina os bebês a se acalmarem sozinhos, outros apontam para os riscos associados, como a Síndrome da Morte Súbita Infantil (SIDS). Agências de saúde, como a Academia Americana de Pediatria, recomendam que os bebês durmam no mesmo quarto dos pais, mas em uma superfície separada e segura — como um berço com colchão firme, sem travesseiros ou edredons. Isso permite que os pais estejam próximos para acalmar o bebê, reduzindo o risco de sufocamento.

Crianças em idade escolar e irmãos: Um acolhimento cultural

  • Dormir junto com outras crianças ou até mesmo com os pais ainda é uma prática comum em várias culturas. No Reino Unido, por exemplo, uma pesquisa de 2010 revelou que cerca de 6% das crianças dormiam com os pais ou cuidadores até os quatro anos de idade. Em países como a Suécia, as crianças frequentemente dormem com os pais até a idade escolar, o que é culturalmente aceito e visto como uma forma de criar um ambiente acolhedor e seguro.

  • Para irmãos, dividir o quarto ou até a cama é também uma prática que reforça os laços emocionais e proporciona segurança. Estudos mostram que crianças que compartilham o sono com familiares costumam sentir-se mais seguras, mas podem perder um pouco de sono, já que vão para a cama mais tarde. Essa perda de tempo de sono, no entanto, não implica necessariamente em maior interrupção do sono, mas na redução do período total dormido.

Crianças com necessidades especiais: Uma fonte de conforto e segurança

  • Crianças com condições específicas, como transtorno do espectro autista, transtornos de saúde mental ou doenças crônicas, podem encontrar no sono compartilhado um importante apoio emocional. Para elas, o ato de dormir com alguém conhecido pode aliviar ansiedades e desconfortos físicos, proporcionando uma noite de sono mais tranquila. Por outro lado, a presença de outra pessoa pode interferir na qualidade do sono profundo, especialmente em casos onde o sono interrompido pode impactar o desenvolvimento saudável.

Adultos em relacionamentos: Intimidade e desafios do sono compartilhado

  • A pesquisa indica que o sono compartilhado entre adultos — especialmente entre casais românticos — está intimamente ligado à sensação de proximidade e segurança emocional. Um estudo da Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos descobriu que cerca de 80% a 89% dos adultos que vivem com seus parceiros dormem juntos, e muitos relatam que isso melhora a qualidade de seu sono.

  • Essa proximidade física durante o sono é associada a uma sensação de intimidade que pode fortalecer o relacionamento. Além disso, casais que dividem o leito tendem a sincronizar os estágios de sono, o que contribui para a sensação de conexão entre eles. Contudo, dormir junto também apresenta desafios, especialmente para mulheres em relacionamentos heterossexuais, que são mais suscetíveis a interrupções no sono devido aos movimentos dos parceiros.

Afinal: Dormir junto ou separado? Depende do que funciona melhor para você

  • A decisão de dormir junto ou em camas separadas não possui uma resposta única, pois envolve fatores como cultura, idade, saúde e necessidades emocionais. Para bebês e crianças pequenas, o sono compartilhado pode proporcionar conforto e segurança, mas exige precauções para evitar riscos como a SIDS. Para adultos, dormir junto pode aumentar a sensação de intimidade, embora também possa trazer alguns inconvenientes para o sono profundo.

O sono compartilhado deve ser adaptado às necessidades de cada pessoa. Lembrar que as normas culturais variam e que o sono ideal depende do que melhor atende ao bem-estar e à saúde de cada indivíduo, é essencial na hora de decidir se dividir o leito é a melhor escolha.

Estão lendo agora

Economize até R$ 1.000 em Notebooks Samsung, Lenovo, Acer e mais na Amazon - Confira as ofertasA Amazon está com uma seleção imperdível de notebooks, oferecendo descontos de até R$ 1.000 em diversos modelos das marc...
Resumo completo: Sorteio da Copa do Brasil 2024No dia 30 de janeiro de 2024, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realiza o aguardado sorteio dos confrontos da 1...
Salinas Maragogi: O melhor resort do Brasil - Tudo o que você precisa saber em um só resumo - Preços, promoções e dicas imperdíveisO Salinas Maragogi All Inclusive Resort, situado em Maragogi, Alagoas, é reconhecido como um dos melhores resorts do Bra...
Presença invisível em momentos de perigo: 3 casos reais da "síndrome do terceiro homem"Ao longo da história, relatos de indivíduos que enfrentaram situações extremas frequentemente incluem a sensação de uma ...
05/08 Olimpíadas 2024: Participação do Brasil e chances de medalhasO décimo dia dos Jogos Olímpicos de Paris foi marcado por várias decisões importantes para os atletas brasileiros. Este ...
Decisão do STF sobre Licença-Maternidade em uniões homoafetivas: Opiniões e impactosA recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a concessão de licença-maternidade para mães não gestantes em ...
A Terra pode ser engolida por um buraco negro? Mito ou Verdade?Em maio de 2022, o projeto The Event Horizon conseguiu capturar a primeira imagem do buraco negro supermassivo Sagittari...
Stan Lee: The Final Chapter – Documentário revela exploração e abusos nos últimos anos do ícone da MarvelImagem: Jonathan Bolerjack Stan Lee, o lendário criador e cocriador de ícones como Homem-Aranha, X-Men, Vingadores e Hul...
É realmente possível "morrer de velho"?A expressão popular "morreu de velhice" é frequentemente utilizada para descrever a morte de um idoso, mas essa frase é,...
Explorando "Barbie": Uma reflexão sobre o conceito de patriarcado e suas discussões atuaisO filme "Barbie", dirigido por Greta Gerwig, tem conquistado sucesso comercial e atenção devido à sua abordagem sobre o ...
Coachella 2025: Lady Gaga, Travis Scott e Vintage Culture abrem o maior festival de música do mundo – Programação, horários e como assistirO Coachella Valley Music and Arts Festival, um dos maiores e mais icônicos festivais de música do mundo, inicia sua 24ª ...