Conteúdo verificado
terça-feira, 8 de abril de 2025 às 09:51 GMT+0

Por que algumas pessoas amam animais e outras não? A ciência explica a diferença

O convívio com animais, especialmente pets, está associado a benefícios físicos e mentais, mas nem todas as pessoas desenvolvem o mesmo apego. Enquanto alguns veem os animais como parte da família, outros mantêm distância por motivos variados. Mas o que explica essa diferença? A ciência revela que fatores como personalidade, gênero, experiências pessoais e até evolução biológica influenciam essa conexão.

Personalidade e gênero: Como moldam nossa relação com os animais

  • Traços sociáveis vs. dominantes: Pessoas mais sociáveis, que buscam agradar e trabalhar em grupo, tendem a se conectar mais com animais. Já aquelas com personalidade dominante podem ter visões mais hierárquicas, enxergando os animais como inferiores.

  • Influência do gênero: Estudos indicam que mulheres, em média, demonstram maior preocupação com os direitos dos animais, possivelmente por fatores culturais e biológicos, como maior propensão à empatia.

Experiências pessoais e cultura: O peso das vivências

  • Traumas e alergias: Experiências negativas, como mordidas ou ataques, podem gerar medo, enquanto alergias ou aversão a sujeira afastam algumas pessoas.

  • Infância e hábitos: Crescer em ambientes que valorizam animais ou, ao contrário, vê-los como utilitários (como em fazendas) molda a percepção na vida adulta.

  • Estilo de vida: Quem viaja muito ou tem rotinas agitadas pode evitar pets por considerá-los uma responsabilidade indesejada.

Empatia e biologia: Predisposições inatas

  • Habilidade emocional: Algumas pessoas nascem com maior capacidade de entender e responder às emoções animais, facilitando a conexão.

  • Dieta e valores: Vegetarianos e veganos, em geral, mostram maior abertura a novas experiências e preocupação ética, o que amplia sua empatia por diferentes espécies.

Evolução e preferências: Por que amamos alguns animais e ignoramos outros?

  • Similaridade com humanos: Mamíferos, como cães e gatos, despertam mais empatia por compartilharem traços sociais e emocionais conosco.

  • Cultura urbana: Animais domesticados são mais valorizados em cidades, enquanto espécies selvagens ou de fazenda são menos compreendidas.

  • Hierarquia de afeto: Crianças, por exemplo, atribuem mais sentimentos a pets do que a anfíbios ou vacas, refletindo vieses culturais e educacionais.

Ampliando a empatia além das afinidades naturais

A conexão com os animais é influenciada por uma complexa rede de fatores, desde genética até cultura. No entanto, a ciência mostra que nossa capacidade de empatia pode evoluir: se naturalmente nos identificamos mais com espécies parecidas conosco, também podemos aprender a respeitar e valorizar todas as formas de vida. Desafiar estereótipos e reconhecer a inteligência emocional de animais menos "carismáticos" — como pássaros ou invertebrados — é um passo crucial para uma relação mais ética e harmoniosa com o mundo natural.

Estão lendo agora

Dia do trabalhador ou Dia do trabalho? A história do 1º de Maio no Brasil e como Getúlio Vargas transformou a dataO dia 1º de maio é reconhecido mundialmente como uma data emblemática para a classe trabalhadora, marcada por lutas hist...
O jogo que mudou a história: Como o Exeter City ajudou a criar a Seleção Brasileira de FutebolA história do futebol no Brasil é repleta de influências estrangeiras que ajudaram a moldar o esporte como o conhecemos ...
Animais silvestres dormindo: Vídeo encantador viraliza nas redes sociais- AssistaGamander López, um fotógrafo e documentarista de vida selvagem com apenas 20 anos, conquistou o coração de seguidores e ...
STF julga Bolsonaro e aliados: Entenda de forma resumida a tentativa de golpe de estado – O caso, acusações e próximos passosEm março de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro tornou-se o primeiro chefe de Estado brasileiro a ser formalmente acusa...
Síndrome do desinteresse cognitivo: Como reconhecer e lidar com a condição que pode estar afetando sua concentração e vida diáriaA Síndrome do Desinteresse Cognitivo (SDC), também conhecida como Síndrome do Desengajamento Cognitivo, é uma condição c...
True Crime no Prime Video: Dicas de filmes e séries baseadas em fatos reais que vale a pena conferirSe você é apaixonado por narrativas true crime, o Prime Video é um verdadeiro tesouro, oferecendo uma variedade de filme...
Clearview AI: O polêmico programa de reconhecimento facial contratado pelo senadoNo final de 2024, o Senado brasileiro fez uma aquisição que gerou controvérsia: o software de reconhecimento facial Clea...
Posições brasileiras frente ao conflito Israel-Hamas: Perspectivas e impactosO conflito entre Israel e Hamas, intensificado a partir de 7 de outubro de 2023, desencadeou debates políticos intensos ...
O declínio da Europa no cenário global: Impactos econômicos e geopolíticosA Europa, tradicionalmente um dos centros do poder global, enfrenta uma crise econômica e geopolítica que ameaça sua rel...
Elon Musk funde X (Twitter) e xAI: O que isso significa para o futuro das redes sociais e da IA?No dia 28 de março de 2025, Elon Musk anunciou a fusão entre a rede social X (antigo Twitter) e a startup de inteligênci...
Entenda o conflito entre Israel e Palestina: 8 perguntas que vão te ajudarO conflito entre israelenses e palestinos é um dos mais longos e sangrentos do Oriente Médio, e sua importância transcen...