Queda nas devoluções do INSS: Entenda por que valor caiu de R$ 6,3 Bi para R$ 2,1 Bi e como aposentados serão ressarcidos

O valor estimado para devoluções a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) sofreu uma redução significativa, passando de R$ 6,3 bilhões para R$ 2,1 bilhões
após revisões nos critérios de cálculo. Essa mudança reflete um ajuste na metodologia, considerando apenas os pedidos formalizados, com possibilidade de nova redução caso parte das reclamações não seja validada. O processo depende de homologação do Supremo Tribunal Federal (STF) e de uma Medida Provisória (MP) para liberação dos recursos.
Contexto e evolução do caso
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Operação sem desconto: Em abril de 2025, uma investigação revelou descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com estimativa inicial de R$ 6,3 bilhões em valores a serem ressarcidos.
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Revisões posteriores: Após cruzamento de dados, o valor caiu para
R$ 4 bilhões
e, posteriormente, paraR$ 2,1 bilhões
, limitando-se aos casos com pedidos formalizados.
Critérios e etapas para o ressarcimento
- Homologação do STF: O pagamento só ocorrerá após aprovação do acordo pelo STF.
- Medida Provisória: Será necessária uma MP para abrir crédito extraordinário e liberar os recursos.
- Ordem de pagamento: Não haverá prioridade por perfil social; os depósitos seguirão a ordem de análise, em lotes (previsão inicial: 24 de julho, 9 e 24 de agosto).
Grupos vulneráveis e simplificação de processos
- Indígenas, quilombolas e idosos acima de 80 anos: O INSS estuda dispensar a necessidade de requerimento e documentação para esses grupos, devido à maior vulnerabilidade a fraudes.
Fontes de recursos e bloqueios judiciais
- Bloqueio de bens: A Advocacia-Geral da União (AGU) já assegurou R$ 2,8 bilhões em bens de entidades e dirigentes investigados, valor que será usado para reembolsar o Tesouro após os pagamentos.
Possíveis variações no valor final
O montante pode ser ajustado conforme novas contestações, decisões judiciais ou validações negativas. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, reforçou que "ninguém ficará para trás".
A redução no valor das devoluções reflete um esforço do INSS para aprimorar a precisão dos cálculos, garantindo que apenas casos comprovados sejam ressarcidos. Embora o processo ainda dependa de etapas jurídicas e legislativas, a transparência e a preocupação com grupos vulneráveis demonstram um compromisso com a justiça e a eficiência. O acompanhamento contínuo será essencial para assegurar que os direitos dos beneficiários sejam integralmente atendidos.