Eleições 2026: Tarcísio lidera ranking digital; Michelle Bolsonaro dispara após fake news – Análise Datrix

O cenário político digital para as eleições de 2026 começa a tomar forma, e o Índice Datrix de Presidenciáveis revela movimentos significativos entre os possíveis candidatos. Desenvolvido pela empresa Datrix, o índice analisa o desempenho digital de figuras políticas consideradas presidenciáveis, combinando engajamento em redes sociais, menções por influenciadores e tonalidade das discussões. Com base em milhões de dados extraídos de plataformas como X (Twitter), Facebook, Instagram e YouTube, o índice oferece um termômetro atualizado da influência e da percepção pública sobre esses nomes.
Tarcísio de Freitas mantém liderança com crescimento expressivo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), segue na frente do ranking, com sua pontuação subindo de 15,83 para 25,87. Apesar das críticas à sua política de segurança pública e da polêmica envolvendo a venda de uma fazenda a Paulo Skaf, Tarcísio se beneficiou de fatores como:
- O apoio explícito de Jair Bolsonaro (PL), que reforça sua base.
- Elogios ao caráter técnico de sua gestão.
- Desempenho positivo em "mar aberto" (menções por terceiros), com nota 8.1, indicando boa receptividade entre influenciadores e mídia.
Michelle Bolsonaro avança após fake news e polêmicas
Michelle Bolsonaro (PL) registrou crescimento significativo, saltando de 9,33 para 18,62. Seu nome ganhou força como possível candidata em 2026, especialmente entre apoiadores de Bolsonaro. Dois fatores marcaram seu desempenho:
- Fake news sobre suposto envolvimento em escândalos no INSS e tráfico de drogas, que, ironicamente, a fortaleceram devido à mobilização de sua base.
- A polêmica envolvendo vazamentos de conversas entre Mauro Cid e Fábio Wajngarten, que gerou reações antagônicas, mas não freou seu crescimento.
Lula tem queda no índice, mas mantém força em redes próprias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu sua nota cair de 5,90 para 1,77, impactado pelo escândalo do INSS. No entanto, lidera em engajamento nas próprias redes, com IDP de 25,81, graças a:
- Postagens sobre investimentos trazidos de sua viagem à China.
- Capacidade de mobilizar sua base de seguidores, mesmo em meio a críticas.
Outros presidenciáveis em movimento
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Romeu Zema (Novo): Subiu de 4,72 para 13,71. Seu posicionamento contra Lula no caso do INSS compensou as críticas por propor reajuste salarial abaixo do piso para professores.
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Ronaldo Caiado (União Brasil): Melhorou de 3,64 para 8,12, equilibrando elogios e críticas. Sua declaração sobre anistiar Bolsonaro caso eleito agradou sua base.
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Ratinho Junior (PSD): Caiu quase 8 pontos (14,93 para 6,94), afetado por denúncias de desrespeito a leis ambientais e defesa de legislações penais estaduais.
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Ciro Gomes (PDT): Queda acentuada (9,59 para 1,08), devido à defesa do ex-ministro Carlos Lupi e baixa presença digital.
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Eduardo Bolsonaro (PL): Teve o pior IDP (-12,03), com alta rejeição no "mar aberto" (-31,93), apesar do bom desempenho em redes próprias (19,90).
O Índice Datrix revela um cenário dinâmico, onde estratégias digitais, polêmicas e fake news podem tanto impulsionar quanto prejudicar os presidenciáveis. Tarcísio consolida sua liderança, enquanto Michelle Bolsonaro surge como uma figura em ascensão, mesmo em meio a controvérsias. Lula, por outro lado, mostra resistência no engajamento de sua base, apesar dos escândalos. Nomes como Zema e Caiado ganham espaço, enquanto outros, como Ciro Gomes e Eduardo Bolsonaro, enfrentam desafios para se manterem relevantes. A análise reforça a importância do ambiente digital na construção de narrativas políticas, onde a capacidade de gerenciar crises e mobilizar apoiadores é decisiva.