Chupeta e chupar o dedo: Até quando usar/deixar? Prazos, riscos e dicas para os pais (baseado em especialistas)

O uso de chupeta ou o hábito de chupar o dedo são comportamentos comuns em crianças, frequentemente associados ao conforto emocional e ao alívio do estresse. No entanto, muitos pais enfrentam desafios na hora de ajudar seus filhos a abandonarem esses hábitos. Uma pesquisa recente do Hospital Infantil C.S. Mott da Universidade de Michigan, publicada em maio de 2025, revelou que metade dos pais americanos lida com o uso de chupeta, enquanto um quarto enfrenta a sucção do dedo. Este resumo explora as recomendações de especialistas, os impactos no desenvolvimento infantil e estratégias eficazes para a transição.
Importância do tema:
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Desenvolvimento oral: O uso prolongado de chupeta ou sucção do dedo pode afetar o alinhamento dos dentes, causando protrusão dos dentes frontais e dificuldades na fala ou respiração.
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Saúde geral: Hábitos intensos estão associados a infecções de ouvido e maior exposição a germes.
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Bem-estar emocional: Esses comportamentos são mecanismos de autoconforto, mas sua persistência pode indicar estresse ou atrasos no desenvolvimento.
Quando intervir?
Segundo os especialistas:
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Chupeta: O ideal é reduzir o uso a partir dos 18 meses e eliminar completamente até os 2–3 anos.
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Chupar o dedo: Pode ser mais difícil de controlar, mas a intervenção antes dos 4 anos é crucial, pois alterações dentárias após essa idade podem se tornar permanentes.
Exceções: Crianças sob estresse (como mudanças na rotina ou traumas) podem regredir temporariamente, necessitando de abordagem compassiva.
Riscos do uso prolongado:
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Problemas dentários: Sarat Thikkurissy, dentista pediátrico da Academia Americana de Odontologia Pediátrica, alerta que a intensidade e a duração do hábito determinam a gravidade das consequências.
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Infecções: Dipesh Navsaria, pediatra da Academia Americana de Pediatria, destaca a ligação entre chupar o dedo e infecções de ouvido.
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Dependência emocional: Annie Pezalla, psicóloga do Macalester College, explica que crianças podem usar esses hábitos para lidar com ansiedade, exigindo alternativas saudáveis.
Estratégias para os pais:
Para chupeta:
- Limitar o uso ao sono.
- Introduzir histórias ou "rituais" (como a "fada da chupeta").
- Oferecer substitutos (bichos de pelúcia, cobertores).
Para chupar o dedo:
- Reforço positivo e recompensas por progressos.
- Distrações com atividades manuais.
- Evitar punições, que podem aumentar a ansiedade.
Comunicação: Explicar os benefícios de parar, adaptando a linguagem à idade da criança.
O papel do ambiente:
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Redução de estresse: Situações como ingresso na escola ou conflitos familiares podem reativar o hábito.
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Apoio profissional: Caso a persistência esteja associada a traumas ou atrasos, pediatras e dentistas podem orientar intervenções personalizadas.
Abandonar a chupeta ou o hábito de chupar o dedo é um marco importante no desenvolvimento infantil, mas exige paciência e adaptação às necessidades individuais da criança. Enquanto especialistas recomendam a eliminação até os 3–4 anos, a abordagem deve ser gradual e afetuosa, priorizando o conforto emocional. Pais devem confiar em seu instinto e buscar apoio profissional se necessário, lembrando que cada criança tem seu ritmo. Como destacado pela pesquisa, a chave está no equilíbrio entre orientação consistente e compreensão dos desafios emocionais envolvidos.